sexta-feira, 6 de março de 2009

Estratégias do caminhar.

Pois estava eu muito feliz, durante o segundo dia de aula na faculdade: fizemos mapas, caminhamos pela escola em uma atividade assaz estranha, porém divertida, tiramos fotos, etcétera. Atividade do dia, definir no blogue com suas palavras três termos: deriva, parkour, e flâneur. Sim, FLÂNEUR! E eu (otária) pensando que tinha me livrado do João do Rio que me deixou com vontade de atirar seu livro pela janela.
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Bem, que tal começar? Parkour: "esporte praticado por aquele que quer suicidar mas não tem coragem" como diria Senhor Basques (obs.: pessoa citada não é a cabeça, e sim o corpo). Deriva: "ato de derivar, ou seja, ficar vagabundando pelas ruas esperando que alguma coisa aconteça, ou que apareça um lugar alto para praticar o parkour" definição também do astuto Sr. Basques. Flâneur: "vagabundo chique, metido" como diria o Mestre Carlos. hehe, brinks.
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Depois de ter entrado no clima "insano" da aula de plástica, como diz a entrada da escadaria que da acesso à sala, acho bom levar as coisas um pouco a sério né? Não sei se eu vou conseguir definir isso muito bem, mas eu vou tentar.
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Flâneur: por mais que pareça zoação, não acho uma palavra para melhor descrever um flâneur que vagabundo. Não daqueles que moram em baixo da ponte, ou daqueles que vivem às custas da mãe depois dos cinquênta. Mas uma pessoa à toa, que resolve ser feliz e sair por ai, flaneriando pela cidade. Flanerie, o ato do flâneur, para mim consiste em sair sem rumo para observar os detalhes que são vistos todo santo dia pelos transeuntes, mas nunca ninguém prestou atenção neles de fato. Flâneur não repara só em coisas físicas, mas também em atitudes e cenas, que para pessoas "normais" podem parecer banais, e para os flâneurs são absolutamente bárbaras e fantárgicas. Acho válido considerar que o termo é mais usado para se referir à uma época antiga, mais para o início do século passado.
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Parkour: é uma prática física criada por David Belle, na frança, bla bla bla. Se eu continuar a falar assim não teria sido necessário o link logo ali atras para a página do wikipédia. Pelo que eu entendi, parkour é mais uma das variadas formas de andar pela cidade. Não creio que eles notem detalhes, ou observem cenas corriqueiras, afinal o objetivo dos traceurs (qualque semelhança de sotaque com o flâneur não é mera coincidência, frances é tudo igual mesmo) é se locomover da maneira mais rápida possivel, superando os seus obstáculos do caminho. Pessoalmente eu não acho interessante, ainda mais agora que virou modinha pular três degraus de uma escada e achar o máximo, ou pular um muro sem usar as mãos, mas como dizem por ai, cada um no seu quadrado.
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Deriva: deixar-se levar. Foi o que eu percebi pelo que li sobre teoria da deriva, e situacionistas. Outra forma de andar, deixando-se levar e registrar o porque disso. Porque virou à direita, ou porque parou em baixo da árvore mais alta. Uma forma, no meu ver, muito interessante de se conhecer um lugar. Parece que cria-se um guia pessoal, com as próprias impressões e visões da cidade.
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Acho que é isso, enrolei muito mas terminei. Beijosmeliga.

2 comentários:

Jéssica Passos disse...

Pra mim flanar e sair à deriva (por que derivar seria um trocadilho suuuuper tosco) são a mesma coisa T_T

Lara Secchin disse...

Ah, eu ainda acho que tem alguma diferença. Mas se você me perguntar qual, eu não saberia explicar.